O aumento do PIB pode afetar positivamente a vida de milhões de brasileiros, com menos desemprego e mais investimentos no país. Entenda.
No segundo trimestre de 2024, o PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil cresceu 1,4%. Ou seja, a economia está melhorando. Agora, o país se encontra em sexto lugar no ranking de países mais ricos do mundo.
A diminuição nos índices de desemprego é um reflexo direto da melhora na economia do país. De acordo com especialistas, o fenômeno pode ser explicado pelo crescimento do setor industrial.
A expectativa é que exista mais investimentos no país, o que pode afetar diversos setores da economia a aumentar o número de vagas de trabalho. Os dados são do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Crescimento da indústria melhora PIB do Brasil; entenda
O PIB do Brasil registrou um crescimento de 1,4% no segundo trimestre de 2024, em comparação ao trimestre anterior, segundo o IBGE. O resultado superou as expectativas do mercado e acelerou em relação ao crescimento de 1,0% observado no primeiro trimestre.
A soma dos bens e serviços finais produzidos no país atingiu R$ 2,9 trilhões em valores correntes. Na comparação anual, o PIB cresceu 3,3%, ficando acima da estimativa dos analistas, que previam uma alta de 0,9% em relação ao trimestre anterior e 2,7%.
Quais foram as atividades que tiveram o melhor desempenho ?
Os setores de Serviços e Indústria impulsionaram o desempenho econômico no segundo trimestre, com altas de 1,0% e 1,8%, respectivamente. Em contrapartida, a Agropecuária recuou 2,3% no período, impactada por condições climáticas adversas.
Pela ótica da demanda, o consumo das famílias e do governo subiu 1,3%, enquanto os investimentos, medidos pela Formação Bruta de Capital Fixo, avançaram 2,1%.
O crescimento foi favorecido por um mercado de trabalho mais robusto, juros mais baixos e maior oferta de crédito.
Como o PIB alto pode afetar a vida dos brasileiros?
O aumento do PIB reflete uma expansão da economia, o que pode gerar mais oportunidades de emprego e renda para a população.
Com o crescimento da atividade econômica, empresas tendem a contratar mais trabalhadores e investir em novos projetos, o que pode resultar em melhores condições de trabalho e aumento dos salários.
Além disso, a expansão do Produto Interno Bruto pode melhorar a oferta de serviços públicos, uma vez que o governo arrecada mais impostos com o crescimento econômico.
Isso pode levar a mais investimentos em áreas como saúde, educação e infraestrutura, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida da população.
Por fim, o cálculo do salário mínimo é feito com base no Produto Interno Bruto do país. Ou seja, a renda mínima dos trabalhadores pode aumentar.
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Mesmo com aumento do Produto Interno Bruto, setor do agro apresenta baixo desempenho
Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, destacou o papel da Indústria, especialmente nas áreas de Eletricidade e gás, e Construção, que se beneficiaram das condições do mercado e da produção de bens de capital.
Na comparação anual, os setores de Serviços e Indústria cresceram 3,5% e 3,9%, respectivamente, enquanto a Agropecuária recuou 2,9%. Destacaram-se as atividades de Informação e comunicação, que cresceram 6,1%, e o setor de Eletricidade e gás, que avançou 8,5%.
A Construção também apresentou um crescimento expressivo, impulsionado pelo aumento do consumo de eletricidade e pela manutenção da bandeira tarifária verde. Já o setor externo, ao contrário do ano anterior, teve uma contribuição negativa para o crescimento econômico.
Setor agrícola
O setor agrícola enfrentou desafios com a produção de soja e milho, levando a um recuo de 2,3% na Agropecuária. Apesar disso, culturas como café e algodão apresentaram bom desempenho, evitando um impacto maior no PIB.
A taxa de investimento subiu para 16,8% do PIB no segundo trimestre de 2024, superando os 16,4% registrados no mesmo período de 2023. No entanto, a taxa de poupança caiu para 16,0%, abaixo dos 16,8% observados no segundo trimestre de 2023.
O PIB acumulado nos últimos quatro trimestres, até março de 2024, cresceu 2,5%, com destaque para os setores de Indústria e Serviços, que cresceram 2,6%. A Agropecuária manteve-se estável, sem variação no período.
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